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Gato é ferido com arma de pressão e passa por cirurgia em Porto Velho

Projétil ficou alojado na pata do animal; caso gera revolta e deve ser investigado pela polícia

Redação
Por: Redação Fonte: J1 Rondônia
06/07/2025 às 00h14
Gato é ferido com arma de pressão e passa por cirurgia em Porto Velho

Um gato chamado Pierre precisou ser submetido a uma cirurgia de emergência após ser atingido por um disparo de arma de pressão em Porto Velho. O caso ocorreu na última sexta-feira (4), e gerou indignação no bairro onde o animal vive com sua família adotiva.

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Segundo o tutor, José Antonio Trindade, Pierre foi encontrado ferido após um de seus passeios rotineiros. No início, pensou-se que a lesão havia sido causada por outro animal, mas após dois dias sem sinais de melhora, o gato foi levado a uma clínica veterinária. Exames de raio-x identificaram um projétil alojado na pata traseira esquerda.

O procedimento cirúrgico foi conduzido pela médica veterinária Micheli Dutkievicz, que relatou a complexidade da operação, mas afirmou que o estado de saúde do animal é estável e a recuperação tem evoluído bem.

José Antonio declarou que irá registrar boletim de ocorrência, buscando responsabilização pelo ataque. “Não gostar de animais é um direito, mas feri-los é crime. Hoje foi o meu gato, mas amanhã pode ser outro”, desabafou o tutor.

Segundo a veterinária, casos como esse não são frequentes, mas infelizmente acontecem. Ela destacou que disparos com armas de pressão — como espingardas de chumbinho — podem causar sérios danos, especialmente se o atendimento não for imediato. Os riscos incluem infecções, fraturas, necroses e até risco de morte.

Micheli ainda alertou para a necessidade de maior controle sobre o uso dessas armas, mesmo sendo consideradas "não letais". “Elas colocam em risco não apenas os animais, mas também as pessoas. É preciso discutir a regulamentação e ampliar a conscientização sobre esse problema.”

Ela recomenda que tutores evitem deixar seus animais soltos em áreas abertas. Ambientes telados ou com estrutura adequada — chamados de “gatificações” — ajudam a garantir segurança e bem-estar para os felinos.

Casos de maus-tratos devem ser denunciados à polícia com laudos veterinários, exames e imagens que comprovem o ocorrido. A denúncia pode ser feita em qualquer delegacia, especialmente nas unidades especializadas em crimes ambientais.